“Todo ato de violência baseado em gênero que tem como resultado possível ou real um dano físico, sexual ou psicológico, incluídas as ameaças, a coerção ou proibição arbitrária da liberdade, que pode ocorrer tanto na vida pública quanto na vida privada” foi a definição da Organização das Nações Unidas para a violência contra a mulher quando foi oficializado, em 1999, o dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A causa é o tema da nossa campanha mensal “Que dia é hoje?”.
A data foi escolhida pelo movimento feminista latino durante o Primeiro Encontro Feminista Latinoamericano e do Caribe, em 1981, para homenagear a memória das três irmãs Mirabal, ativistas políticas assassinadas na República Dominicana, no ano de 1960. O objetivo da data é prevenir, denunciar e eliminar a violência contra as mulheres e meninas, promovendo a conscientização da população, incentivando denúncias e exigindo políticas públicas e justiça.
Organizações da sociedade civil, movimentos, coletivos e governos são convidados a promover atividades com foco na causa e, há alguns anos, vem sendo realizada a campanha “16 dias de ativismo contra a violência de gênero”, que tem início no dia 25 de novembro e segue até 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos – no Brasil, muitas iniciativas antecipam as atividades para o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O tema da campanha global da ONU em 2023 é “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres” e a cor oficial é o laranja.
Números do Brasil
Segundo o boletim “Elas vivem: dados que não se calam” (2023) da Rede de Observatórios da Segurança, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas no país. Nesta 3ª edição da pesquisa realizada em sete estados – Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí – foram registrados 2423 casos de violência contra a mulher em 2022, sendo 495 deles feminicídios. São Paulo e Rio de Janeiro reúnem quase 60% do total de casos.
Os dados são coletados a partir do monitoramento diário dos meios de comunicação e redes e alimentam um banco de dados que é revisado e consolidado pela Rede. O trabalho ajuda a combater a subnotificação deste tipo de caso, que muitas vezes não são classificados como violência de gênero. Saiba mais sobre a pesquisa aqui.
Sua organização está programando alguma atividade especial para Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher? Conte para a gente!
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18/mai – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
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