A Causa do Mês de junho é celebrada no dia 28, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data é um marco na luta por direitos, igualdade e respeito e parte da afirmação do sentimento de orgulho em relação a orientações sexuais e identidades de gênero no combate à marginalização e repressão, entre outras reivindicações.
A sigla do movimento vem crescendo e hoje abarca: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexos e Assexuais, além de incluir o símbolo de “mais” para deixar aberto para outras identidades e orientações que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo. Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais, cerca de 20 milhões de brasileiros (10% da população) se identificam como LGBTQIA+.
Globalmente, junho conta com manifestações ao longo de todo o mês, incluindo marchas e as conhecidas Paradas ou Marchas do Orgulho, que têm como objetivo a reivindicação de direitos por meio de políticas públicas e ações afirmativas, e lutar pelo fim da violência e preconceitos, promovendo a visibilidade e a diversidade.
No Brasil, a primeira Parada do Orgulho Gay aconteceu em 1997, com cerca de 2 mil participantes, e, em 2011, a edição de São Paulo entrou para o Guinness Book ao registrar um público recorde de 4 milhões. Em 2024, o 28º evento paulista reforçou o viés político da luta com o tema “Basta de negligência e retrocesso no Legislativo: vote consciente por direito da população LGBT”.
Revolta de Stonewall
O dia 28 de junho faz referência às rebeliões iniciadas no bar Stonewall Inn, em Nova York (EUA), que foram uma reação às ações policiais em bares frequentados por pessoas LGBTQIA+, com revistas humilhantes, cobrança de propina e prisões arbitrárias. O primeiro levante aconteceu neste dia no ano de 1969 quando frequentadores do bar reagiram à abordagem violenta da polícia, desencadeando manifestações e confrontos no bairro por vários dias.
Relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime nos Estados Unidos até 1962 e havia leis absurdas sobre a obrigatoriedade do uso de roupas “segundo o gênero”. A reação ocorrida em Stonewall no fim da década levou o debate para as ruas, sendo um marco do ativismo pelos direitos LGBTQIA+. No mesmo ano, foram criados movimentos sociais como a Frente de Libertação Gay e a Aliança dos Ativistas Gays.
No dia 28 de junho de 1970, foram realizadas as primeiras marchas, na época chamadas de Orgulho Gay, em Nova York, Los Angeles, San Francisco e Chicago, nos Estados Unidos. No ano seguinte, chegariam à Europa, acontecendo em Londres (ING), Paris (FRA), Berlim Ocidental (ALE) e Estocolmo (SUE).
Apesar das conquistas do ativismo LGBTQIA+ nas últimas décadas, ainda há muito pelo que lutar. Segundo estudos da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), o Brasil segue como o país com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo, seguido do México e Estados Unidos. Os dados estão em seu relatório “Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras”. Ser LGBTQIA+ ainda é considerado crime em mais de 70 países, incluindo punições como a pena de morte em vários deles.
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