FICAS em Ação 107 – Mai-Jun/24

Formação desenvolvida para o SEBRAE-SP está em fase piloto

Organizações de Bauru e da zona Norte de São Paulo participam das oficinas das soluções educacionais para organizações da sociedade civil.

 

O FICAS está trabalhando no desenvolvimento de soluções educacionais para organizações da sociedade civil para o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-SP) desde o início do ano e, em maio, iniciou as oficinas-piloto da formação. A primeira fase de encontros presenciais aconteceu nos dias 6, 7, 13 e 14, para 35 representantes de OSCs em Bauru (SP), totalizando seis oficinas de 4 horas cada.

Após as oficinas de Bauru, o conteúdo e material didático foi ajustado e aperfeiçoado para uma nova rodada de encontros formativos com organizações da zona norte de São Paulo, que está acontecendo ao longo do mês de junho. O trabalho do FICAS nesta parceria inclui o desenvolvimento de conteúdo, metodologia, objetos educacionais e aplicação de soluções sobre gestão e mobilização voltado a OSCs. Os temas das oficinas são: projetos, gestão financeira, contábil e de pessoas, comunicação, mobilização de recursos, aspectos jurídicos e legislativos e planejamento.

“A recepção dos participantes foi fantástica! A formação foi ao encontro das necessidades deles. O pessoal gostou muito de como os temas foram apresentados de forma leve, de como o conteúdo era importante. Tivemos depoimentos de pessoas que estão há 20 anos atuando em organizações, que comentaram que nunca tiveram uma capacitação tão completa e profunda como essa. A metodologia do FICAS e a condução das facilitadoras foi sensacional!”, declarou Juliana Fardin, do SEBRAE de Bauru.

Juliana também ressaltou a importância deste tipo de formação direcionada às organizações. “Uma formação como essa é importante porque a gente poder trabalhar toda a rede da inclusão produtiva. Estávamos trabalhando a área fim com os cursos técnicos, de empreendedorismo, comportamento, mas não a área meio, os líderes e pessoas que fazem acontecer nas organizações”, disse.

Foi muito gratificante e enriquecedor poder participar das oficinas do projeto piloto, uma excelente oportunidade de reciclagem de conteúdos e troca de experiências. Atuo na área de projetos há mais de 12 anos e ter participado desta formação e aprimoramento foi muito importante para meu crescimento pessoal bem como para as práticas diárias na instituição. A metodologia utilizada oportunizou a participação de todos e pudemos também conhecer um pouco mais do trabalho das outras organizações de Bauru”, afirmou Claudete Panini, analista de projetos na SORRI-Bauru, uma das organizações participantes.

Já Erika Pereira Zsoldos, analista de Políticas Públicas do SEBRAE-SP e gestora do projeto, contou um pouco sobre como foi participar do processo de idealização e acompanhar sua aplicação prática. “Já faz um tempo que a Unidade Políticas Públicas e Relações Governamentais do SEBRAE-SP vem tentando colocar em prática um projeto de soluções educacionais voltado exclusivamente às organizações da sociedade civil, especialmente porque entendemos a importância de fortalecê-las como atores que conhecem as demandas dos territórios e que impulsionam políticas públicas para melhorar o ambiente de negócios e gerar inclusão produtiva”, declarou sobre a iniciativa que foi aprovada internamente no final de 2023.

“Pude acompanhar a realização das oficinas e acredito que tivemos resultados muito bons, pois coletamos ótimas impressões dos participantes nesse primeiro piloto. Também foi um momento de muita aprendizagem para as equipes do SEBRAE-SP e do FICAS, uma vez que as avaliações pós oficinas permitiram ajustarmos alguns pontos para o próximo piloto que ocorrerá na região norte de São Paulo. Fiquei bastante satisfeita com a metodologia do FICAS, que é muito participativa e envolve as pessoas ali presentes, trazendo pontos relevantes e estratégicos de cada temática. Além disso, contamos com toda a experiência e didática das facilitadoras Tabata e Raquel, que foi um diferencial para este sucesso”, acrescenta Erika.

Concluída a fase piloto, serão finalizados os materiais didáticos, que incluirão e-books e vídeos, para que, então, as soluções educacionais entrem para o portfólio de produtos do SEBRAE-SP. O público-alvo da formação serão as organizações que trabalham direta ou indiretamente com a promoção da inclusão produtiva de públicos em situação de vulnerabilidade, preferencialmente pela via do empreendedorismo.

> Saiba mais sobre o parceiro: https://sebrae.com.br/


 

Assessoria em avaliação para Instituto Alcoa está em seu oitavo ano

FICAS conduz o processo seletivo do Programa de Apoio a Projetos Locais e acompanha as iniciativas apoiadas por dois anos.

“Uma parceria de muitos aprendizados, de fortalecimento institucional e de muito sucesso”. Assim define Monica Espadaro, diretora executiva de Operações do Instituto Alcoa, o trabalho em avaliação que vem sendo desenvolvido junto ao Programa de Apoio a Projetos Locais. O edital apoia iniciativas relacionadas às áreas de atuação prioritárias do Instituto: Educação, Geração de trabalho e renda & Empreendedorismo, e Capacitação para o mundo do trabalho.

“A parceria com o FICAS se fortalece a cada ano. Para além dos projetos que são construídos em conjunto, a parceria no Programa de Apoio a Projetos Locais nos faz repensar processos, em como implementar melhorias e em promover um ambiente acolhedor e de apoio às organizações que desejam encaminhar seus projetos ao Instituto Alcoa, declarou Monica.

Nesta assessoria que já dura oito edições, o FICAS é responsável pelo processo seletivo, monitoramento e apoio técnico aos projetos selecionados. Durante o período de inscrições, a equipe orienta as instituições interessadas em participar sobre o preenchimento do formulário de inscrição no sistema da Alcoa e sobre os documentos a serem apresentados, por e-mail, telefone e WhatsApp.

No mês de março, também foram realizados sete workshops presenciais sobre projetos com a participação de 202 pessoas nas cidades de Poços de Caldas (MG), São Luís (MA) e Juruti (PA). As oficinas tinham como objetivo definir o que é um projeto, quais suas etapas de desenvolvimento, refletir sobre sua importância, além de apresentar formas de avaliação, incluindo construção de indicadores de resultados. Nos encontros, também foi apresentado o formulário do Edital 2024 da Alcoa.

A assessoria também inclui o apoio aos representantes de Relações Comunitárias da Alcoa e aos Conselhos Consultivos de Relações Comunitárias que contribuem no processo seletivo. As inscrições do Edital 2024 terminaram em abril com a participação de 57 projetos e a seleção está na etapa de análise dos documentos enviados. A iniciativas selecionadas para receberem o apoio financeiro serão conhecidas em agosto.

“Nós reconhecemos o poder da sociedade civil e suas comunidades e acreditamos que os projetos comunitários têm a capacidade de transformar os territórios em que estamos presentes, através de uma agenda coletiva de desenvolvimento local. Por esse motivo, atuar em conjunto com diferentes atores é tão importante para o Instituto Alcoa, pois assim podemos promover iniciativas em prol de uma sociedade cada vez mais inclusiva e menos desigual”, explica Monica Espadaro sobre o programa.

> Saiba mais sobre o Instituto Alcoa e sobre o Programa de Apoio a Projetos Locais.



FICAS facilita planejamento estratégico da Aliança da Soja Sustentável

Trabalho foi realizado presencialmente em São Paulo e incluiu sistematização dos encontros.

O FICAS acompanhou representantes da coordenação da “Aliança da Soja Sustentável para o Corredor de Itaqui” em seu planejamento estratégico 2024-2026, realizado no final de fevereiro de 2024 em São Paulo. O FICAS foi o responsável por facilitar e sistematizar os dois encontros.

Entre as atividades, esteve a construção de uma linha do tempo da iniciativa com marcos importantes, como conquistas e desafios. Também foram identificados os pontos fortes e desafios, além de definidos os eixos de atuação, ações prioritárias, metas e estratégias para alcançá-las.

“O processo de planejamento estratégico geralmente é bem intenso e demanda muitos esforços em alinhar objetivos e visões. Nesta experiência com o FICAS, foi tudo muito leve, a condução e divisão das atividades foi muito tranquila. A metodologia adotada foi excelente e as profissionais envolvidas contribuíram para o sucesso da atividade, declarou Christiane Holvorcem, assessora técnica do Projeto AgriChains Brasil – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Em relação à metodologia, Christiane destacou o momento de escuta e coleta de informações, com entrevistas com cada membro que compõe o grupo de coordenação, o que permitiu conhecer a visão de cada instituição. Para ela, o fato dos encontros terem sido presenciais também favoreceram para a criação de “sinergia e complementariedade”.

“O planejamento estratégico da Aliança teve como objetivo unificar as visões das três instituições indicadas por um grupo maior, para a coordenação da Aliança. Este momento foi necessário uma vez que a criação desta Aliança foi o encaminhamento principal da oficina anual dos Diálogos da Soja Sustentável para o Corredor de Itaqui, realizado em novembro de 2023. A expectativa é que a Aliança seja um espaço de troca de ideias, intercâmbio de experiências, atualizações de informações, para um território sustentável tanto do ponto de vista ambiental como econômico e social. Temos este desafio pela frente, mas estamos muito confiantes nos resultados que iremos conquistar de forma coletiva”, afirmou Christiane.

O planejamento foi organizado pela RTRS (Round Table on Responsible Soy), GIZ Brasil no âmbito do projeto AgriChains e CLI (Corredor Logística e Infraestrutura). Esta atividade faz parte do projeto AgriChains Brasil, uma parceria entre o programa global AgriChains da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e o Governo do Maranhão, com o apoio do Federal Ministry for Economic Cooperation and Development (BMZ) da Alemanha.


 

Festival ABCR 2024 traz pautas em alta no universo da captação

Saúde mental dos profissionais e inteligência artificial equilibram o lado humano e o tecnológico do setor. O FICAS está apoiando o evento por mais um ano.

Mais de mil participantes é o que estimam os organizadores para a edição 2024 do Festival ABCR, considerado o maior evento de captação de recursos da América Latina. A 16ª edição do evento promovido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) será realizada nos dias 1 e 2 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. As masterclasses acontecerão nos dias 29 e 30 de junho.

O FICAS está apoiando institucionalmente o evento por mais um ano consecutivo e marcará presença. No ano passado, o Festival contou com 800 participantes, mais de 70 palestras e 230 inscritos nas masterclasses.

Em entrevista exclusiva para o FICAS, Fernando Nogueira, diretor executivo da ABCR, deu algumas dicas de como potencializar a participação no Festival. Para aproveitar os conteúdos, ele sugere que os participantes estudem as palestras e palestrantes que desejam acompanhar para fazer um planejamento prévio e se organizar – a programação está sendo atualizada no site festivalabcr.org.br.

“Não vai dar para ver tudo, são muitas palestras simultâneas, então quem puder ir com mais pessoas da sua organização poderá compartilhar os aprendizados depois. Em relação à possibilidade de networking, acho que duas abordagens são importantes e complementares: a ‘cara de pau’ e o respeito. A grande maioria das pessoas está lá para trocar, para colaborar, para pensar em possibilidades de parceria, então não precisa ter medo. Mas, claro, sempre com gentileza e respeito, como a gente gostaria de ser tratado”, comenta Fernando. O diretor também recomenda aproveitar o momento para conhecer novas pessoas e organizações, não interagindo apenas com os amigos e já conhecidos.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:

1. Como você definiria a importância de um evento como o Festival ABCR para o campo social? Qual o potencial para organizações da sociedade civil de base, além das grandes organizações, institutos e fundações?
Eventos como o Festival são muito importantes porque trazem conhecimento e compartilhamento de experiência, são uma oportunidade de se relacionar, de fazer networking e, principalmente, contribuem com inspiração. Quando a gente está junto com quem vive os mesmos desafios, enfrenta os mesmos problemas, a gente se sente parte de um grupo maior e ganha ou renova força para atuar.

2. Quais temas e atividades serão destaque na edição 2024?
Olha, vai ter muita palestra boa! Muitos temas ligados à inovação e tecnologia, como a inteligência artificial, além de vários temas que estão emergindo nos últimos anos, como por exemplo a importância do cuidado e da saúde mental dos profissionais de captação, questões mais ligadas à profissão e à gestão das organizações. Além das palestras, haverá também as masterclasses, com questões bastante relevantes mais ligadas à governança, em como é importante para uma boa captação e sustentabilidade das organizações ter uma boa interação com o conselho.

3. No mês da mulher, as comunicações do Festival ABCR abordaram um recorte de gênero entre os profissionais de captação. Haverá algum espaço/atividade neste sentido no Festival deste ano?
Sim, a ABCR se preocupa muito com inclusão, questões de gênero e outras ligadas à diversidade. Tradicionalmente, o festival já é bastante inclusivo nesse sentido. Nos últimos anos, a gente tem tido mais palestrantes mulheres do que homens, entre os participantes também há um equilíbrio grande, muitas vezes com um público maior de mulheres. Vale destacar que neste ano que abriu um edital para o fundo de bolsas, em que oferecemos pelo menos 25 bolsas para participantes que dificilmente teriam condições de arcar com a entrada para o Festival. Questão de gênero não foi o único critério, mas sim foi um dos critérios, além de questões ligadas à raça, etnia, público LGBTQIA+, se era de região periférica, entre outras. É uma das formas pelas quais estamos tentando garantir um festival cada vez mais inclusivo.

4. Alguma mudança significativa no cenário da mobilização de recursos em comparação ao ano passado? Quais as tendências de mobilização atuais?
Em termos de tendências, algumas vêm se acelerando nos últimos anos como o uso de tecnologias, de processos, a profissionalização da área, a importância de investir cada vez mais em boa capacidade interna de captação para não depender apenas de captadores ou agências externos. Acredito que isso é cada vez mais relevante. É preciso sempre balancear todas essas questões tecnológicas e processuais com o sentido de humano, a relação mais genuína entre a organização, seus funcionários, voluntários, doadores e investidores.

5. Já se pode sentir algum impacto de inteligências artificiais neste campo?
O impacto da inteligência artificial ainda é bastante emergente e inicial no Brasil. Lá fora, sim, se vê muito já, não só em eventos e congressos, mas também na prática de muitas organizações. Por aqui, estamos em uma fase um pouco mais exploratória, com experimentos iniciais. Para transformar de forma significativa a captação, acredito que será algo que vai se consolidar no Brasil nos próximos três anos.

6. Como você vê a parceria de apoio institucional com o FICAS e outras organizações da sociedade civil?
O apoio institucional de organizações como FICAS e tantas outras é fundamental para a gente conseguir expandir o nosso alcance, para chegar a mais pessoas que ainda não conhecem o festival, mas, também, porque nessas parcerias a gente sempre está trocando ideias, conhecendo novos temas, pegando sugestões de pessoas, enfim, a gente acredita muito nesse poder de comunidade. O que a ABCR pode fazer sozinha é muito menor do que ela pode fazer se tiver bons parceiros ao seu lado, incluindo organizações como o FICAS. Fica o convite, então, para vocês estarem sempre com a gente no festival e em outras atividades ao longo do ano!

> Ainda dá tempo de participar! Inscrições pelo site festivalabcr.org.br (desconto de 10% com o código FICAS804).


 

[Causa do Mês!] Conheça as causas do 2º trimestre

 

ABRIL – O Dia Mundial da Terra, celebrado no dia 22, promove reflexões sobre o uso dos recursos naturais, sobre os impactos da poluição, das mudanças climáticas e a importância da conservação da biodiversidade, entre outras pautas ambientais urgentes. Saiba mais…

MAIO – O dia 18 é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída há 24 anos pela Lei Federal 9.970/00 e tem como objetivo promover a conscientização e mobilização da sociedade civil e dos governos em prol dos direitos dos meninos e meninas. Saiba mais…

JUNHO – Celebrado no dia 28, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é um marco na luta por direitos, igualdade e respeito e parte da afirmação do sentimento de orgulho em relação a orientações sexuais e identidades de gênero no combate à marginalização e repressão, entre outras reivindicações. Saiba mais…

FICAS em Ação é um informativo mensal que reúne notícias sobre os programas, assessorias, ações e parcerias do FICAS. Jornalista responsável: Paula Rodrigues.

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