A construção e manutenção de sociedades democráticas têm na liberdade de expressão e de imprensa um dos seus pilares e inspira nossa Causa do Mês: o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado no dia 3 de maio. A causa busca garantir o direito dos profissionais de comunicação de investigar, informar e expressar opiniões sem censura ou represálias, e promover reflexões sobre a ética jornalística.
“O acesso à informação de qualidade contribui para o debate público, para a cidadania plena e potencializa a resistência contra a manipulação de grupos de poder. A imprensa livre informa com transparência, combate as notícias falsas, que geram desinformação e insegurança, além de abrir canais de fiscalização e denúncias de violação de direitos, abusos, corrupção, entre tantos outros, contribuindo para a promoção da justiça”, reforça Paula Rodrigues, jornalista e coordenadora de comunicação do FICAS.
A data comemorativa foi oficializada em 1993 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), atendendo a uma recomendação da Conferência Geral da Unesco, e foi escolhida como referência à Declaração de Windhoek, um documento elaborado por jornalistas africanos dois anos antes, na Namíbia. O texto defende a criação de uma imprensa livre, plural e independente, alerta sobre crimes cometidos contra jornalistas e homenageia aqueles que perderam suas vidas exercendo a profissão, como em situações de guerra ou repressão política.
O tema escolhido pela ONU para as comemorações de 2025 para o mês do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é “O impacto da inteligência artificial sobre a liberdade de imprensa e a mídia”. Em um pronunciamento oficial, António Guterres, secretário-geral da instituição, alerta para o perigo dos “algoritmos tendenciosos, mentiras (fake news) e discursos de ódio”.
Promover a liberdade de imprensa e proteger a prática jornalística exige ações coordenadas entre governos, instituições e sociedade civil, como:
• Criar e respeitar leis que garantam a liberdade de expressão e de imprensa,
• Preservar os profissionais da violência por meio da criação de mecanismos de proteção (física e jurídica),
• Investigar e punir crimes contra os profissionais de comunicação,
• Promover a independência editorial,
• Educar o público para entender o papel da imprensa, identificar notícias falsas e buscar canais de informação confiáveis,
• Apoiar os canais de comunicação locais e comunitários para garantir o direito à informação e diversidade de vozes.
> Saiba mais no portal da ONU.
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