FICAS em Ação 102 – Jun/23

Rodas de conversa dão voz a mulheres migrantes que vivem no Brasil

FICAS e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania realizaram eventos online na Semana Nacional de Migrações e Refúgio.

O FICAS e a Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania convidaram mulheres migrantes, em situação de refúgio e apátridas que vivem no Brasil para participar de rodas de conversas online. Os encontros tiveram duração de duas horas e aconteceram pelo Zoom nos dias 22/jun, às 19 horas, e 23/jun, às 9 horas.

Como chegaram aqui? Quais suas histórias? Do que precisam? Com o que sonham? Estas foram algumas perguntas norteadoras das rodas, que tinham como objetivo conhecer as histórias destas mulheres e compreender suas necessidades e sonhos. Participaram por volta de 25 mulheres, além de organizações que atuam nesse campo, e a vontade de conquistar uma vida melhor e mais digna no Brasil esteve entre os principais pontos trazidos por elas.

“As rodas de conversa em parceria com o FICAS integraram a programação de nosso evento (Semana Nacional de Migrações e Refúgio), cujo objetivo foi dar visibilidade e voz às pessoas migrantes em nosso país. Conhecer suas vivências migratórias é essencial para construção de políticas públicas para e com essas pessoas, declara Clarissa Carmo, coordenadora-geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas no Ministério.

O FICAS se aproximou da causa da migração em 2018, quando lançou seu Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas, realizado em conjunto com a Fundação Avina e com a Missão Paz. O objetivo da formação é contribuir para o desenvolvimento socioemocional e econômico das mulheres participantes, fortalecendo vínculos de confiança e reforçando seus direitos. Também produziu, em parceria com alguns parceiros, como o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), três publicações sobre o tema, no intuito de qualificar a comunicação, incentivar boas práticas de acolhimento e atendimento ao migrante e refugiada/o, e contar as histórias dessas mulheres.

Semana Nacional de Migrações e Refúgio
O mês de junho é especial para a causa da migração, com uma semana que reúne diversas datas comemorativas relacionadas ao tema: Dia Nacional do Migrante (dia 19), Dia Internacional do Refugiado (dia 20) e Dia Nacional do Imigrante (dia 25). Com este foco, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania promoveu uma série de atividades reunidas na Semana Nacional de Migrações e Refúgio, que aconteceu entre os dias 19 e 21 de junho, em Brasília (DF).

As rodas de conversa fizeram parte da programação do evento, que também contou com a apresentação do aplicativo “Clique Cidadania” e a versão atualizada de um curso sobre direitos dos imigrantes, além de uma mesa sobre vivências e outra sobre a Operação Acolhida. Houve ainda a exibição e debate sobre o filme “Aquí en la frontera”, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi.

> Conheça o aplicativo Clique Cidadania e o Curso Direitos dos Imigrantes e Orientações para o Atendimento.
> Saiba mais sobre nosso Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas (pág. 22).
> Acesse nossas publicações sobre migração: https://ficas.org.br/publicacoes/


 

FICAS participa de eventos promovidos pelo Pacto de Promoção da Equidade Racial

Organização foi homologada certificadora independente para validação do processo de verificação do índice ESG Racial para empresas signatárias do Pacto.

Encontro para atualização das certificadoras do Pacto. São Paulo, mai/23.

O FICAS existe e trabalha para contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária, promovendo a diversidade e a luta pelos direitos humanos. No ano passado, se somou à iniciativa do Pacto de Promoção da Equidade Racial, tornando-se uma das certificadoras homologadas. Na última semana de maio, a organização participou de dois eventos em São Paulo voltados à esta causa, um encontro para atualização das certificadoras do Pacto e outro para Promoção da Equidade Racial por meio do Investimento Social Privado.

O objetivo do Pacto é implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil, trazendo a questão racial para o centro do debate econômico e fomentando uma mudança estrutural no meio corporativo. As empresas signatárias do Pacto utilizam as métricas com enfoque no desenvolvimento das ações de diversidade com o recorte da equidade social. Este processo é verificado e validado por certificadoras independentes, como o FICAS, e as empresas são incentivadas a adotar ações afirmativas e de investimento social privado em equidade racial de melhoria da qualidade da educação pública e na formação de profissionais negros(as).

O encontro de atualização ocorreu no dia 24/maio, na FECAP na capital paulista, e reuniu as certificadoras do Pacto de Promoção da Equidade Racial para aprofundar a metodologia, diretrizes e metas da iniciativa sob o olhar do processo de certificação.

“Estar neste processo formativo é de extrema importância para nós, responsáveis técnicos pelo processo de validação do índice ESG Racial. É um momento de olhar para o novo, de construir processos e de desenvolver parâmetros, a partir do que o Pacto já estabelece como premissa. Ele garante transparência e legitimidade, de maneira ética e coletiva. É um grupo muito potente e empenhado que tenho muito orgulho de pertencer, declara Rosana Ferraiuolo, consultora FICAS.

Encontro sobre a Promoção da Equidade Racial por meio do Investimento Social Privado. São Paulo, mai/23.

Já no dia 25/maio, aconteceu o 1º Encontro sobre a Promoção da Equidade Racial por meio do Investimento Social Privado, promovido pelo Pacto com o Fundo Baobá e a B3 na Arena B3, no centro de São Paulo. O debate girou em torno da importância do investimento social privado no apoio a ações que promovam a equidade racial, o combate ao racismo e a geração de oportunidades.

Foram realizados três painéis com especialistas, que destacaram o tema como fundamental para o desenvolvimento do país, fomentando boas práticas no mercado, apresentando dados e exemplos de iniciativas com este enfoque. Os temas abordados foram: Equidade Racial e Justiça Social: Uma Abordagem sobre o Papel do Investimento Social Privado; Dados sobre Investimento Social Privado e Equidade Racial no Brasil; e Melhores Práticas de Investimento Social Privado para Equidade Racial.

“Este encontro foi um marco para as ações voltadas à promoção da equidade racial em investimento social privado no país. Além da alegria de encontrar, reencontrar e nos conectar com muitas pessoas especiais e atuantes da área, os painelistas trouxeram de maneira inspiradora a importância de uma prática tão fundamental para o desenvolvimento do nosso país. A ruptura do racismo estrutural é urgente e precisa de ações concretas, sistêmicas e conectadas, comenta Rosana.

SAIBA MAIS
Interessado na parceria com o FICAS? Entre em contato pelo e-mail comunicacao@ficas.org.br ou pelos telefones (11) 3045-4313 e (11) 95816-0335 (WhatsApp).

> Saiba mais sobre a assessoria FICAS.
> Faça parte da iniciativa: http://pactopelaequidaderacial.org.br.



Organizações buscam o FICAS para sistematização de eventos e aprendizagens

Assessoria contribui para reflexão da prática, encaminhamentos e planejamento de próximos passos. CDR e SAD foram os parceiros mais recentes.

Encontro Anual da Coalização Direitos na Rede. São Paulo, mar/23.

Muito além de apenas um registro, a sistematização é uma ferramenta para organizar processos e metodologias e refletir sobre os avanços, desafios e aprendizados de experiências como programas e projetos. Neste primeiro semestre de 2023, além de finalizar a sistematização de um programa do Ibase iniciada no ano passado, o FICAS pode contribuir com a Coalização Direitos na Rede (CDR) e com a Sala de Articulação contra a Desinformação (SAD).

A sistematização organiza as informações disponíveis em documentos, registra atividades e trocas em encontros e pode criar ferramentas para resgate ou avaliação do seu objeto de estudo. É uma maneira de parar para pensar sobre o trabalho realizado, compreendê-lo mais a fundo e gerar instrumentos para que possa ser aprimorado e replicado, afirma Andreia Saul, idealizadora do FICAS e uma das sistematizadoras nos processos do Ibase e SAD.

Encontro Anual da Coalização Direitos na Rede
No início de março, o FICAS foi responsável pela sistematização do encontro anual da CDR, que aconteceu entre os dias 2 e 4, em São Paulo. A facilitação do evento ficou a cargo do conselho administrativo (CADIM) e da equipe executiva da própria iniciativa. Participaram do encontro 60 pessoas presencialmente e 10 online.

A Coalizão Direitos na Rede é uma rede que reúne mais de 50 organizações acadêmicas e da sociedade civil em defesa dos direitos digitais. Seus principais temas de atuação são: acesso, liberdade de expressão, proteção de dados pessoais e privacidade na internet. Entre os objetivos do Encontro Anual, estava o de alinhar entre todos o funcionamento da CRD, revisitar papéis, processos de adesão, de deliberação, entre outros, além dos desejos e planos para o futuro. Também foi momento para retomar o relatório anual de 2022 e de diversidade.

O trabalho do FICAS contou com o envolvimento de duas consultoras, que estiveram presentes em São Paulo e registraram as atividades e falas dos participantes. A assessoria resultou em um documento de 90 páginas, que, além de registro histórico, poderá orientar futuras tomadas de decisões e planejamento.

Encontro da Sala de Articulação contra a Desinformação
Nos dias 30 e 31 de março, foi a vez do FICAS acompanhar o encontro da organização coletiva SAD que teve como tema a “Regulação de Plataformas Digitais no Brasil: perspectivas da sociedade civil”, realizado na sede da Conectas, em São Paulo. Participaram do evento representantes de 27 instituições, tanto presencialmente como virtualmente.

Além de apoiar a facilitação do encontro, a sistematização feita pelo FICAS teve como objetivo registrar os diálogos dos dois dias de encontro, gerando uma memória com as principais ideias das discussões surgidas. O documento final, com 56 páginas, destaca os pontos principais e os encaminhamentos, com foco no relatório de políticas e recomendações sobre o tema central do evento.

A SAD reúne organizações da sociedade civil e entidades acadêmicas para discutir cenário, elaborar estudos e articular ações para fomentar espaços digitais seguros, saudáveis e democráticos. Acompanha as táticas de campanhas de desinformação online e as ações adotadas pelas plataformas a partir de quatro eixos: integridade eleitoral, anúncios políticos, violência política de raça e gênero e negacionismo socioambiental.

> Conheça os parceiros: https://direitosnarede.org.br/ e https://contradesinformacao.com/
> Confira outras assessorias FICAS: https://ficas.org.br/assessorias/

 



Festival ABCR 2023 tem expectativa de recorde de público

FICAS apoia o evento institucionalmente há diversas edições e estará presente em mais um ano. Organização oferece desconto especial.

Considerado o maior evento de captação de recursos da América Latina, o Festival ABCR chega à sua 15ª edição, que será realizada nos dias 3 e 4 de julho de 2023, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Promovido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), o festival oferecerá mais de 60 horas de conteúdo inédito.

A programação inclui 50 palestras, além de seis masterclasses, que acontecerão nos dias 1 e 2 de julho. As atividades estão divididas em cinco eixos temáticos: Gestão e Captação de Recursos, O Papel do Captador, Inovação e Redes de Captação, Comunicação e Engajamento, Ferramentas e Fontes de Captação de Recursos.

“Serão dois dias 100% voltados para captação, mobilização de recursos, desenvolvimento institucional, trabalhando desde técnicas específicas até a profissão do captador. Muito mais do que só institutos e fundações, é uma chance de organizações da sociedade civil, em toda sua diversidade, se reunirem para discutir boas práticas, compartilharem dificuldades, verem como outras organizações vencem esses desafios, conhecerem casos interessantes, terem oportunidade de falar com patrocinadores e prestadores de serviço desse campo. Essa experiência pode contribuir para que a organização cresça e tenha mais possibilidades de trabalhar pela transformação social que quer ver no mundo. Teremos conteúdo para organizações de todos os tamanhos, de todos e setores e todas regiões do país”, afirma Fernando Nogueira, novo diretor executivo da ABCR.

A grade da nossa programação está marcada pela diversidade de técnicas, fontes, estratégias de captação, o que realmente veio para ficar. Vale destacar a importância de ferramentas digitais e da tecnologia na captação de recursos, que terão um palco totalmente dedicado a elas, além de permear outros eixos”, conta Fernando. Pela primeira vez, o evento contará com um palco para conteúdos avançados, para participantes e instituições que já têm uma trajetória mais longa no setor e buscam conteúdos mais aprofundados.

Depois de dois anos acontecendo de forma virtual, o Festival ABCR voltou a seu formato presencial no ano passado com o tema “Diálogos para a retomada”. “Foi ótimo voltar ao formato presencial! A edição 2022 já teve um público bastante relevante, entre 600 e 650 pessoas. Para este ano, estamos com a expectativa de alcançar um público ainda maior, talvez alcançando nosso recorde. Estamos mirando entre 700 e 800 pessoas passando pelo evento nos dois dias”, comenta o diretor executivo.

O festival conta com 15 patrocinadores e 40 apoiadores institucionais, entre eles o FICAS que está apoiando por mais um ano e marcará presença nos dois dias. Fernando Nogueira destaca como papel dos apoiadores o aumento na divulgação do evento, mas, especialmente, na disseminação dos temas abordados.

“O festival reúne 1% das centenas de milhares de organizações e contar com estes apoiadores da sociedade civil como o FICAS é muito rico, pois nos ajuda a multiplicar o alcance do festival antes, durante e depois. Não tenho dúvidas de que os aprendizados são repercutidos nestas diferentes redes e nos ajudam a cumprir nosso objetivo de ter uma sociedade civil com bases cada vez mais fortes, mais capaz de ser sustentável e poder gerar transformações sociais duradoras, avalia Fernando.

> Ainda dá tempo de se inscrever! Com o código FICAS10, há 10% de desconto: https://festivalabcr.org.br/

 


 

Que dia é hoje? Conheça a causa de junho

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é celebrado a cada 28 de junho e é um marco na luta por direitos, igualdade e respeito. A data parte da afirmação do sentimento de orgulho em relação a orientações sexuais e identidades de gênero no combate à marginalização e repressão, entre outras reivindicações. O mês foi marcado por manifestações, incluindo marchas e as conhecidas Paradas do Orgulho. Ser LGBTQIA+ ainda é considerado crime em mais de 70 países.

Sobre a data e sobre a Revolta de Stonewall que marcou o 28 de junho, saiba mais aqui.

 

 

FICAS em Ação é um informativo mensal que reúne notícias sobre os programas, assessorias, ações e parcerias do FICAS. Jornalista responsável: Paula Rodrigues.

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