8M: por e para todas

A luta pelos direitos das mulheres, que está vinculada ao dia 8 de março, conhecido como Dia Internacional da Mulher, é a causa escolhida para nossa campanha “Que dia é hoje?” do mês. A data teve origem no movimento operário em princípios do século XX e foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.

No Brasil, muitas vezes se relaciona a data a um incêndio ocorrido em uma fábrica em Nova York (EUA), em março de 1911, quando morreram cerca de 125 mulheres, e que mostrou ao mundo suas más condições de trabalho. Porém, há registros históricos de que os movimentos em prol dos direitos das mulheres começaram antes.

Uma passeata de 15 mil mulheres por melhores condições de trabalho aconteceu em fevereiro de 1909, também em Nova York. Na Europa, em agosto de 1910, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs um calendário de manifestações em reunião da II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas e o primeiro dia oficial da mulher foi celebrado em março de 1911. Outro marco foi na Rússia, em 1917, quando operárias marcharam contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial no dia 23/fev no antigo calendário russo e 8/mar no gregoriano, que utilizamos hoje.

O Dia Internacional da Mulher segue carregado de luta, reivindicações e articulações por e para mulheres. São pautas das manifestações a igualdade de direitos, de salário, contra o preconceito de gênero, a violência doméstica e feminicío, entre outras. Em um ano em que a pandemia de Covid-19 exige que aglomerações sejam evitadas e milhões de mulheres não poderão ir para as ruas, preparamos uma lista de organizações que trabalham diariamente por um mundo com condições mais justas para todos e todas.

10 organizações em prol das mulheres:

Associação Artemis
Site: www.artemis.org.br
Organização comprometida com a promoção da autonomia feminina e prevenção e erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres, através da garantia de seus direitos e implantação de políticas e serviços que assegurem a mudança efetiva do cenário atual, em direção a uma sociedade mais justa e igualitária. A partir da questão da humanização do nascimento, a Artemis foi fundada em 2013 e trabalha constantemente na defesa de direitos adquiridos e representação legal das demandas das mulheres.

Associação das Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós
Site: www.facebook.com/SurarasDoTapajos/
A instituição de Alter do Chão, um distrito do município de Santarém (PA), tem como a missão combater a violência e o racismo, para o empoderamento de mulheres indígenas em sua auto-estima e na defesa de seus territórios. Atuam também contra a gentrificação do território e para levar a cultura tradicional do Pará, por meio da música, usando o carimbó como uma forma de luta feminina.

Casa da Mulher do Nordeste
Site: www.casadamulherdonordeste.org.br
Organização não governamental feminista que há 38 anos contribui para a igualdade de gênero no Nordeste do Brasil. Sediada em Recife (PE) e com um escritório em Afogados da Ingazeira, Sertão do Pajeú, tem como missão fortalecer a autonomia econômica e política das mulheres, afirmando a agroecologia com base no feminismo e na igualdade racial.

CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
Site: www.cfemea.org.br
Intitulada feminista e antirracista, a organização foi fundada em Brasília (DF), em 1989, por um grupo de mulheres que assumiu a luta pela regulamentação de novos direitos conquistados na Constituição Federal de 1988. Para o desenvolvimento do seu trabalho, o Centro adotou estratégias que envolvem: sensibilização e conscientização; articulação e mobilização; advocacy (promoção e defesa de ideias); comunicação política; acompanhamento e controle social. Desenvolve a difusão das plataformas feministas na mídia e em seus veículos próprios de comunicação, e produz textos para reflexão e expansão do debate feminista.

Coletivo Feminino Plural
Site: https://femininoplural.org.br
A organização foi fundada em 1996, em Porto Alegre (RS), por um grupo de mulheres identificadas com a luta pelos direitos humanos e cidadania de mulheres e de meninas. Atua no movimento de mulheres por meio de articulações locais, regionais, nacionais e internacionais, integrando redes e campanhas, propugnando por políticas públicas, o cumprimento dos instrumentos nacionais e internacionais de direitos humanos das mulheres e o fim de todas as formas de violências e discriminações de gênero.

Criola
Site: https://criola.org.br/
Organização do Rio de Janeiro com três décadas de trajetória em defesa e promoção dos diretos das mulheres negras e na construção de uma sociedade onde os valores de justiça, equidade e solidariedade são fundamentais. Se dedica a cobrar, monitorar e defender os direitos das mulheres negras, especialmente o direito à saúde, o acesso à justiça e à equidade de gênero, raça e orientação sexual, e sua atuação se baseia em dois pilares: Ação política e mobilização social, e Conhecimento e formação.

Empodera – Transformação Social Pelo Esporte
Site: www.empodera.org.br
Fundada em 2017, a organização tem base no Rio de Janeiro e atuação nacional. Utiliza o esporte e jogos lúdicos como ferramenta para que meninas adolescentes em situação de vulnerabilidade exerçam seu pleno potencial e direitos. As ações são focadas em promover a redução dos estereótipos nocivos e da violência baseados no gênero. A Empodera trabalha com o desenvolvimento e execução de metodologias esportivas, treinamentos e suporte técnico de organizações em prol de uma sociedade mais justa e equânime.

Geledés Instituto da Mulher Negra
Site: www.geledes.org.br
Fundada em 1988, é uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira. Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, inaugurou em 2016 o Centro de Referência da Igualdade Racial, na Vila Maria, zona norte da cidade. A iniciativa nasceu para atender e denunciar casos de racismo, trabalhar na promoção da identidade negra e ser um espaço de debate sobre a busca de igualdade racial.

IMENA – Instituto de Mulheres Negras do Amapá
Site: https://bit.ly/3qukUaT
Fundada em 2000 na cidade de Macapá (AP), a organização tem como missão combater o preconceito, a discriminação racial, o sexismo e lutar pela universalização efetiva dos direitos humanos. Por meio da realização de projetos de formação, educação e pesquisa, a organização promove a garantia de direitos humanos da população negra, das mulheres e, em especial, das mulheres negras, desenvolvendo trabalhos com comunidades quilombolas.

Instituto Patrícia Galvão
Site: https://agenciapatriciagalvao.org.br/
Fundado em 2001, em São Paulo, atua de forma estratégica na articulação entre as demandas pelos direitos das mulheres e a visibilidade e o debate público sobre essas questões na mídia. Acredita que a mídia é um espaço estratégico de incidência social e política para qualificar os debates sobre políticas públicas voltadas à promoção da igualdade e equidade de gênero. Em 2009, com a criação da Agência Patrícia Galvão, ganhou agilidade na produção de sugestões de pautas e conteúdos, ampliando sua capacidade de dialogar com a imprensa e de incidir no noticiário.

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Jornalista responsável: Paula Rodrigues.

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