FICAS em Ação 91 – Nov/21

“Cuidar de Quem Cuida” é selecionado em edital e participa de financiamento coletivo

O valor arrecadado para o projeto será triplicado pelo Fundo Todo Cuidado Conta se a meta do for alcançada. O objetivo é levar a formação para 100 profissionais do campo social.

 

Em outubro de 2021, o projeto do FICAS para levar o programa “Cuidar de Quem Cuida” para 100 profissionais e voluntárias/os de associações e coletivos da Grande São Paulo foi selecionado pelo edital do Matchfunding Todo Cuidado Conta. A iniciativa, promovida pela Benfeitoria em parceria com a Droga Raia e a Drogasil, tem como objetivo promover o cuidado coletivo e selecionou projetos de impacto positivo na saúde integral.

Os efeitos da pandemia de Covid-19 e as crises que incidiram sobre o país agravaram o estresse dos profissionais e voluntários do campo social que atuam cuidando de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas que, como regra geral, não têm tempo para o autocuidado nem recebem apoio especializado dentro de suas práticas.

Foi pensando neste público que, em 2020, o FICAS idealizou o “Cuidar de quem cuida”, um programa com o objetivo de promover a saúde emocional destes profissionais, como estratégia para qualificar sua atuação e para que continuem a realizar o trabalho ligado às suas causas. A formação foi desenvolvida com a metodologia do FICAS, baseada na educação popular, afetividade e ludicidade, e trabalha o autocuidado, o cuidado com as relações, com o trabalho (e os atendidos) e cuidado com o meio ambiente.

A campanha de financiamento coletivo do FICAS, apoiada pelo edital, estará no ar de 11 de novembro a 10 de dezembro desse ano. Nesta modalidade de matchfunding, o Fundo Todo Cuidado Conta irá triplicar o valor arrecadado em uma campanha de financiamento coletivo realizada pelos projetos selecionados, desde que alcançada a quantia da meta mínima. Como o tipo de apoio é estilo “tudo ou nada”, é importante mobilizar a rede de contatos e pessoas que acreditam nesta causa, senão o dinheiro será devolvido para os doadores e o projeto não sairá do papel. Os apoiadores também receberão recompensas pensadas para cada faixa de apoio e, no Dia de Doar (30 de novembro), serão oferecidas gratificações especiais.

“Para apoiar as equipes dos projetos participantes, a Benfeitoria vem oferecendo uma consultoria sobre financiamento coletivo, acompanhando passo a passo a criação de cada campanha. Precisamos criar uma identidade visual, pensar em como contar melhor para as pessoas no que consiste o ‘Cuidar de Quem Cuida’, escrever textos e produzir peças para redes sociais, além de um vídeo de divulgação. É um trabalho bem completo e, para nós da equipe de Comunicação e Mobilização do FICAS, está sendo um grande aprendizado!”, conta Paula Rodrigues, jornalista responsável pela comunicação da organização.

Se a meta for alcançada, será realizado um ciclo formativo de 12 encontros virtuais, devido à pandemia de Covid-19, contribuindo com o distanciamento social preventivo e possibilitando a participação de mais pessoas. Gostaríamos de ultrapassar a meta mínima para termos possibilidade de montar outros grupos para a formação e, principalmente, sistematizarmos o itinerário formativo para que possa ser replicado por outras organizações. Estimamos que os impactos positivos poderiam alcançar até 500 pessoas diretamente!”, declara Andreia Saul, idealizadora e fundadora do FICAS.

> Confira nossa campanha: www.benfeitoria.com/cuidardequemcuida.


 

FICAS facilita encontro anual da Rede Solidária para Migrantes e Refugiados

O evento, realizado totalmente online, contou com quatro encontros e participação de representantes de organizações de todo o Brasil.

 

Segundo dados do Relatório de Tendências Globais de 2021 apresentados pela ACNUR – Agência da ONU para Refugiados, cerca de 82,40 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocarem em todo o mundo pelos mais variados motivos. E é com um olhar voltado a este público que atua a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR), articulada em 2004 no Brasil pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Irmãs Scalabrinianas.

A rede se reúne anualmente e, nos dias 5, 7, 19 e 21 de outubro, aconteceu o XVII Encontro da RedeMiR, que contou com a participação de 166 pessoas, representando 81 organizações, incluindo seus núcleos regionais, de 42 cidades e de 18 estados e o DF participaram do encontro, além de participantes de fora do Brasil. Da mesma forma que em 2020, o encontro foi totalmente online e foi promovido pelo IMDH, com apoio financeiro e técnico da ACNUR e facilitação do FICAS.

O encontro teve como tema “Migração e refúgio: acolhimento, proteção e integração em tempos de pandemia”. Além de integrantes da rede, os encontros contam com a participação de organismos internacionais, poder público, migrantes e refugiados/as, e órgãos de defesa de direitos.

“A Rede Solidária para Migrantes e Refugiados é um espaço de valor inestimável, no qual agentes humanitários se alimentam pela partilha e apoio recíproco e do qual emana um reavivado vigor humano e humanitário em favor dos migrantes e refugiados. O Encontro deste ano intensificou e fortaleceu a opção das instituições participantes, buscando refletir sobre as consequências do período crítico que vivemos devido à pandemia e às medidas tomadas por decisões que afetam direitos que não poderiam ser prejudicados”, afirma Ir. Rosita Milesi, diretora do IMDH. Sem dúvida, a voz dos e das participantes se manifestou de maneira respeitosa, mas firme, no sentido de que se revejam várias determinações governamentais. E esperamos que isto aconteça efetivamente”, completa.

Irmã Rosita também destaca a potência da atuação em rede. “Desde a abertura, sinalizamos que a interação e colaboração de todas as pessoas inscritas e participantes seria a força motora do Encontro e isto se verificou. A riqueza das contribuições trazidas pelos palestrantes, as práticas partilhadas, os encontros em pequenos grupos, a generosidade e acolhida de cada uma das pessoas que estiveram neste XVII Encontro fizeram com que dele emanassem propostas, sugestões, ideias que muito enriqueceram seus resultados e que formam o conjunto de conclusões que serão conteúdo de atenção dos integrantes da RedeMiR”, declara.

O evento deste ano contou com uma carga emocional adicional ao homenagear todas as pessoas ligadas à rede, que foram vítimas da Covid-19.

Raio-X do encontro
5/OUT – Os dois temas do primeiro dia foram a integração e acompanhamento de migrantes e refugiados, e a inserção no mercado de trabalho. Foram convidados Paulo Sergio (ACNUR), Pe. Agnaldo Oliveira Jr. (Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – SJMR Brasil), Yssyssay Rodrigues (OIM), Mariana Reis (IMDH) e Cristiane Sbalquero (Ministério Público do Trabalho) por vídeo.
Temas:
• Integração de migrantes e refugiados: o que aprendemos nesses últimos tempos?
• Inserção econômica e laboral: desafios e práticas
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7/OUT – O segundo dia focou nas estratégias de proteção para grupos vulneráveis, com destaque para crianças e questões de gênero, e contou a participação de Cristina Asencio (ACNUR) e Anderson Beltrame (Unicef), além da partilha de vivências de migrantes: Hortense Mbuyi (Conselho para Migrantes de São Paulo), Mirta Virginia (Associação Venezuelana de Campo Grande, MS) e James Derson (Associação da Comunidade Haitianos de Porto Alegre, RS).
Temas:
• Estratégias de proteção para grupos em situação de vulnerabilidade, com destaque para crianças e questões de gênero
• Comitês Estaduais e Municipais para Migrantes, Refugiados/as e Apátridas: funcionamento e desafios
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19/OUT – O terceiro dia teve falas de José Egas (ACNUR), Beatriz Level (IMDH Roraima) e Pe. Paolo Parise (Missão Paz) e colocou em pauta estratégias de fortalecimento de ação em favor da causa e a garantia de direitos. Também foram convidados deste dia Matheus Nascimento, (DPU) e Maha Mamo (ativista de direitos humanos).
Temas:
• Resiliência: desafios, apelos e estratégias de fortalecimento da ação em favor da causa dos migrantes e dos refugiados
• Garantia de direitos dos migrantes e refugiados
• A privação total de direitos: apatridia
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21/OUT – No encontro de encerramento, Flavio Diniz (Departamento de Migração do Ministério da Justiça), falou sobre os impactos das medidas de proteção adotadas durante a pandemia, como o fechamento de fronteiras, e Pablo Mattos (ACNUR) trouxe a questão do direito para solicitação de refúgio e a vulnerabilidade deste público em cenários de crise sanitária. A segunda parte do encontro foi um diálogo sobre a RedeMir e teve como convidado o professor Rafael Padilha dos Santos, da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), que partilhou sua experiência como forma de inspirar essa conversa.
Temas:
• Fronteira e acolhimento a migrantes e refugiados: exposição em sentido amplo no âmbito do tema do Seminário
• Diálogo sobre a RedeMiR / Acordo de Cooperação Técnica: a prática da Univali
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“Conversas que Fortalecem” fecham o ano com série sobre resiliência

O último encontro de 2021 será no dia 30 de novembro e segue com inscrições abertas. A participação neste espaço de troca é gratuita.

Resiliência, a capacidade de se lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, foi o tema escolhido para guiar as Conversas que Fortalecem do segundo semestre de 2021. O último encontro do ano será no dia 30 de novembro, das 15 às 17 horas pela plataforma Zoom, e está com inscrições gratuitas abertas.

Neste evento, os organizadores incentivam o partilhamento de experiências e propõem uma reflexão: é possível vivenciar coletivamente situações de resiliência? Os encontros costumam acontecer mensalmente e ao longo deste ano contou com temas como atuação virtual em tempos de pandemia, saúde emocional e espaços de cuidado, escuta ativa no ambiente de trabalho e resiliência.

As Conversas que Fortalecem foram idealizadas no primeiro semestre de 2020 em parceria pelo FICAS, Instituto Fonte e Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Qualificação Profissional (IDESQ), com o objetivo de promover a troca e reflexão sobre como as organizações da sociedade civil, profissionais do setor e demais atores estão enfrentando as adversidades do contexto atual de pandemia de Covid-19. Depois de algumas edições, outras instituições se juntaram à iniciativa e agora são co-organizadoras, como o Instituto Felipe Martins de Melo (IFMM), A Guarda-chuva, Spectaculu – Escola de Arte e Tecnologia e Centro de Defesa dos Direitos Humanos Dom Oscar Romero (Cedhor).

Viver algo tão inesperado e único como uma pandemia global nos reforçou ainda mais a necessidade de atuar coletivamente, trocar experiências e a importância da atuação em rede. As Conversas que Fortalecem nasceram neste contexto, unindo organizações e atores sociais de todo o Brasil, e acreditamos ser um espaço que seguirá ganhando forças”, afirma Andreia Saul, fundadora do FICAS e uma das idealizadoras da iniciativa.

Entre as principais avaliações de participantes, as Conversas que Fortalecem são um espaço de acolhimento e escuta, troca de experiências sobre o campo social e fortalecimento de atuações em rede. A ideia é dar seguimento aos encontros em 2022, jogando luzes a temas de interesse dos participantes e necessidades atuais.

> Inscrições para as Conversas que Fortalecem de 30/nov aqui.
> Saiba mais sobre os parceiros: Instituto Fonte, Idesq, IFMM, Spectaculu, A Guarda-chuva e Cedhor.


 

Dow é novo parceiro do FICAS na área de avaliação

A assessoria inclui o acompanhando do processo seletivo do Edital de Responsabilidade Social da empresa, lançado agora em novembro.

Lançado em novembro de 2021, o 3º Edital de Responsabilidade Social da Dow é a nova parceira do FICAS para uma assessoria na área de Avaliação. O FICAS é responsável pela pré-seleção de projetos, com a construção de uma landing page para realização das inscrições, suporte às organizações durante o período de inscrições e análise dos formulários e verificação de documentação das iniciativas. Também faz parte da assessoria um trabalho de promoção e busca ativa de projetos em algumas localidades para dar visibilidade ao edital e incentivar a participação.

O edital estará com inscrições abertas até 30 de novembro para projetos de organizações da sociedade civil brasileiras alinhados às seguintes categorias: Inclusão da população preta ou parda; Economia circular; e Redução de emissões de carbono. Projetos que preveem atividades presenciais deverão informar os protocolos sanitários que serão seguidos para prevenção da Covid-19 e deverão estar alinhados às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Um grande desafio das organizações sociais é a mobilização de recursos! A busca por alternativas que viabilizem recursos, possibilitando realizar suas ações nas localidades, contribuindo para as transformações sociais é árdua e demanda muito comprometimento! O edital de responsabilidade social da Dow é uma alternativa que possibilita o financiamento de projetos às organizações sociais!, declara Márcia Rodrigues, consultora FICAS e uma das responsáveis pela assessoria.

Com este edital, o objetivo da Dow é contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua, por isso podem se inscrever iniciativas de Breu Branco (PA), Candeias (BA), Guarujá (SP), Hortolândia (SP), Ilha de Matarandiba – Vera Cruz (BA), Jacareí (SP), Jundiaí (SP), Santos Dumont (MG) e São Paulo (SP).

Os projetos deverão ter formato híbrido, com realização de pelo menos 40% das atividades em ambiente virtual. As iniciativas poderão solicitar financiamento de até R$ 60 mil ou de até R$ 90 mil conforme a categoria. Os projetos aprovados no edital serão financiados por meio do repasse de recursos próprios da Dow, por intermédio de seu parceiro United Way Brasil, que também será responsável pela seleção dos projetos a serem apoiados.

> Edital completo e inscrições aqui: www.ficas.org.br/edital-dow/
> Saiba mais sobre a Dow.


 

Causas imprescindíveis no “Que dia é hoje?”

Destacar causas importantes e o trabalho desenvolvido por organizações de todo o país foram os principais motivos que levaram o FICAS a lançar a campanha de comunicação “Que dia é hoje?”. Ao longo de 2021, a cada mês vem sendo escolhida uma data comemorativa para ser aprofundada e, neste meses de outubro e novembro, foram abordadas as pautas do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza e o Dia Nacional da Consciência Negra.

Erradicação da Pobreza é o primeiro ODS
Em 1992, a Organização das Nações Unidas estipulou o dia 17 de outubro como Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. A estimativa atual é de que mais de 800 milhões de pessoas no mundo ainda vivam em situação de pobreza extrema (com menos de U$ 1,25 por dia) com carência de alimentos, água potável e saneamento básico. As mulheres e as crianças estão entre os grupos mais vulneráveis devido ao menor acesso a educação e trabalho remunerado.

Você sabia que a Erradicação da Pobreza também é o primeiro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável proposto pela ONU em 2015?

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Dia de Zumbi: 50 anos de luta
Idealizado há 50 anos por um grupo de jovens universitários do Rio Grande do Sul, o Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado no Brasil no dia 20 de novembro e tem como objetivos reconhecer e valorizar a contribuição dos negros na construção da sociedade brasileira, valorizar sua história e a herança cultural africana, assim como gerar reflexões e denunciar desigualdades e injustiças, como racismo e discriminação.

A data foi escolhida por ser o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), um dos maiores símbolos da luta pela libertação do povo negro no sistema escravista, destacando o protagonismo dos ex-escravizados.

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FICAS em Ação é um informativo mensal que reúne notícias sobre os programas, assessorias, ações e parcerias do FICAS. Jornalista responsável: Paula Rodrigues.

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