Projeto Mbaraete chega à terceira estação fortalecendo comunidades no Pará
Programa realizado pelo FICAS com apoio do Instituto Alcoa e da Alcoa em Juruti teve início em 2023 e segue até maio.
A equipe FICAS acaba de voltar a São Paulo de sua terceira viagem para o Pará, depois de encontrar as 16 comunidades de Juruti que participam do Projeto Mbaraete, se fortalecer em comunidade. Com duração prevista entre outubro de 2023 e maio de 2024, o programa realizado pelo FICAS com apoio do Instituto Alcoa e Alcoa tem como objetivo fortalecer comunidades e associações, fomentando um processo de desenvolvimento comunitário.
A terceira estação de atividades presenciais aconteceu entre a última semana de fevereiro e a primeira de março. No total, serão cinco rodadas de encontros em cada comunidade. O percurso formativo teve início em novembro passado. Intitulado “Muito prazer!”, o encontro de estreia incluiu atividades de cartografia social, como uma caminhada pela comunidade e levantamento de potencialidades, sonhos e desafios de cada território.
“A caminhada transversal foi fundamental para conhecer a comunidade, mas também para a receptividade das pessoas em relação à equipe FICAS. Eles entenderam que o FICAS estava ali para realmente escutá-los. Sentimos as comunidades muito abertas e depositando confiança no nosso trabalho. A atividade foi muito acertada porque também foi uma maneira de apresentar a história da comunidade para muitos moradores que não a conheciam, de como ela surgiu, da escolha do nome, entre outros detalhes”, afirmou Raquel Lima Catalani, uma das consultoras FICAS à frente do Projeto Mbaraete.
A 2ª estação aconteceu em janeiro deste ano, resgatando e aprofundando o olhar para os sonhos compartilhados anteriormente e também trouxe informações sobre o funcionamento e estrutura de associações comunitárias. No período entre encontros, o FICAS está apoiando as comunidades que desejam formalizar ou criar novas associações, com orientações sobre os procedimentos, burocracia e documentações pendentes.
Na 3ª estação, foi trabalhado o tema de elaboração de projetos, com foco em um dos sonhos escolhidos pelos territórios para serem colocados em prática. A ideia é que, ao final da formação, os grupos estejam preparados para executar ao menos um projeto, para o qual, se aprovado, receberão um apoio financeiro do Instituto Alcoa.
“Eu estou saindo desta formação de hoje realizado, pois tenho uma aprendizagem que vai ficar para mim. Me sinto capaz de ajudar outras pessoas com aquilo que aprendi. Quando se falava em associação aqui na comunidade, ninguém tinha noção do que era e, hoje, se formos juntar os conhecimentos que estamos adquirindo no Projeto Mbaraete, nós temos uma equipe. Se alguma comunidade quiser um apoio, a gente pode dizer ‘olha, uma associação se inicia assim’. Agora a gente tem coisas concretas onde se apoiar! Eu quero agradecer a oportunidade e ressaltar que a comunidade está ganhando três grandes coisas: o valor de R$ 12.500,00 (para o projeto), ter uma associação formada e uma aprendizagem que vai ficar na cabeça e coração de cada um!”, depoimento de um dos participantes da comunidade de Santa Terezinha após o encontro da 3ª estação.
As viagens para Juruti têm sido intensas para a equipe FICAS, que também volta abastecida pelas trocas com as comunidades e aprendizagens adquiridas. A cada novo programa, a metodologia FICAS se aprimora, passando por adaptações conforme as condições de infraestrutura locais e o perfil de público.
“Já tivemos formações ao ar livre, paisagens maravilhosas, comunidades potentes, mãos calejadas desenhando, pessoas redescobrindo seus territórios com as caminhadas feitas, histórias das/os moradores mais velhos, mapeamentos coletivos de forças, desafios e sonhos. Volto cheia de aprendizagens e ideias!”, compartilhou Andreia Saul, fundadora do FICAS e uma das responsáveis pelo projeto.
De olho nas redes
Depois de dois anos de atuação mais direcionada ao ambiente virtual, uma formação como o Projeto Mbaraete resgata o que o FICAS sabe fazer de melhor – contribuir com a formação de comunidades, pessoas e organizações. Os encontros têm sido registrados e compartilhados nas redes sociais institucionais, com um “Diário de Bordo” nos stories, e fotos e aprendizagens nos posts.
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Parceria com SEBRAE-SP está desenvolvendo soluções educacionais para organizações
O objetivo é fortalecer os processos de gestão das instituições para que possam atuar com maior efetividade e sustentabilidade.
O ano do FICAS começou com projetos em andamento, renovação de parcerias e uma novidade: a parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) para a elaboração de soluções educacionais para organizações da sociedade civil. O trabalho do FICAS compreende o desenvolvimento de conteúdo, metodologia, objetos educacionais e aplicação de soluções, em temáticas relacionadas a processos de gestão e captação de recursos de organizações (OSCs).
“Nosso principal objetivo é oferecer condições para a melhoria dos processos de gestão das organizações da sociedade civil, disponibilizando conhecimento e ferramental para que possam atuar com maior efetividade e sustentabilidade. Nosso propósito é contribuir para seu fortalecimento enquanto instituição e rede, impactando positivamente no trabalho dessas organizações em apoiar a igualdade social, estimular projetos sociais e fomentar novas oportunidades a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social, também pela via do empreendedorismo”, declara Erika Pereira Zsoldos, analista de Políticas Públicas do SEBRAE.
O trabalho do FICAS consiste na produção de seis e-books com conteúdo formativo, além de materiais de orientação para as/os facilitadoras/es. Após a aprovação do material, também serão realizadas seis oficinas presenciais com duração de 4 horas cada para organizações de regiões a serem selecionadas pelo SEBRAE, como parte de um projeto-piloto da prática da formação.
“Dentre as oficinas da formação, destaco as voltadas para ‘aspectos jurídicos do terceiro setor, MROSC e demais legislações’, ‘elaboração de projetos’ e ‘estratégias de mobilização de recursos’. Entender sobre os aspectos jurídicos e legislativos básicos do terceiro setor no Brasil, bem como obter informações sobre o MROSC, dá subsídios para que as OSCs possam participar de chamamentos públicos, por exemplo, o que pode ser complementado com o conteúdo da oficina de mobilização de recursos, que auxiliará no desenvolvimento de um plano de captação, definição de metas e objetivos, para a fidelização de parcerias e de doadores”, comenta Erika.
A ideia da formação surgiu diante de demandas do público junto ao SEBRAE e fará parte de seu portfólio de produtos, podendo ser realizada em qualquer município ou região do estado de São Paulo que tenha interesse na temática. O público-alvo serão as organizações que trabalham direta ou indiretamente com a promoção da inclusão produtiva de públicos em situação de vulnerabilidade, preferencialmente pela via do empreendedorismo.
“O FICAS foi escolhido para desenvolver este trabalho por sua vasta experiência em seus 27 anos de atividade, parcerias significativas e resultados positivos alcançados. A metodologia teórico-prática desenvolvida e utilizada em seus projetos e programas, assessorias e ações é um de seus principais diferenciais, pois parte da realidade, do saber e das experiências das/os participantes, baseando-se no respeito aos diferentes saberes, ritmos de aprendizagens, culturas e identidades, além da crença no potencial de desenvolvimento das pessoas e organizações. Esses pilares, por sua vez, estão alinhados com os pressupostos dos Referenciais Educacionais do SEBRAE, sendo bastante relevantes para o desenvolvimento das soluções propostas e dos resultados que se pretende alcançar com elas”, explica Erika.
“Para o FICAS, esse é um trabalho totalmente alinhado a nossa essência, ao nosso DNA de investir no fortalecimento institucional das organizações da sociedade civil. Atualizar e produzir novos conteúdos, detalhar a agenda de facilitação e desenhar as oficinas têm sido potente e gerado várias aprendizagens para a equipe. Além disso, a equipe do SEBRAE-SP é ótima, competente, aberta ao diálogo, engajada na causa e muito respeitosa nos ajustes que solicita”, destaca Andreia Saul, idealizadora do FICAS e uma das responsáveis por essa assessoria.
> Saiba mais sobre o parceiro: https://sebrae.com.br/
Planejamento da Ação Comunitária utiliza metodologia lúdico-pedagógica, marca registrada do FICAS
Facilitação de encontro de fim de ano reaproxima organizações que caminham juntas desde os anos 90.
“Em nome da Ação Comunitária, posso dizer que a metodologia do FICAS é considerada inovadora e especial, por se pautada na construção do conhecimento, na participação, na coletividade e, principalmente, no conhecimento prévio de quem participa das suas atividades”. Assim avalia Elineide Santos da Silva, que faz parte do corpo diretivo da organização da sociedade civil Ação Comunitária do Jardim Colonial “Pe. Emir Rigon”.
Fundada em 1972, a instituição tem como principal público as crianças, adolescentes e jovens em vulnerabilidade social do Distrito do Iguatemi na capital paulista. Em dezembro passado, o FICAS recebeu parte da sua equipe na sede em São Paulo para facilitar um encontro de encerramento de ano, olhando com generosidade para o que foi realizado durante 2023 e se preparando para a chegada de 2024.
Para um encontro como este, todos os detalhes são pensados para acolher os participantes e criar um ambiente de confiança, abertura e criação coletiva, dos ingredientes do café e música ambiente até a metodologia lúdico-pedagógica das atividades. As dinâmicas de integração também são fundamentais para conferir leveza e descontração, conectando os presentes. Perguntas do tipo “como estou chegando?” e “como quero sair hoje?” ajudam a reforçar o protagonismo e valorizar a participação individual.
“A gestão de uma organização é um desafio grande e constante, pois envolve lidar com as diversidades, expectativas, necessidades e objetivos organizacionais. Isso envolve um trabalho contínuo de análise e busca de soluções que atendam as partes, um processo dinâmico, complexo e desafiador. Sendo assim, é importante entender o que está no centro desses desafios antes de mergulhar nas soluções”, afirma Elineide, que hoje é tesoureira da Ação Comunitária, tendo trabalhado na organização por 35 anos até se aposentar.
O encontro no FICAS foi destinado às/aos gerentes e diretoras/es da organização com o objetivo de qualificar o processo de gestão e aprimoramento da prática. As atividades conduzidas pelo FICAS levantaram as forças e desafios de cada pessoa, do coletivo e da organização, criando ou aumentando os vínculos de confiança. A forma como se dão as relações interpessoais influenciam diretamente nos resultados de todo o trabalho de uma equipe, e, neste sentido, foram trabalhados elementos da Comunicação não Violenta especialmente a escuta ativa, checagem e atenção plena.
“Este encontro teve um sabor especial! Embora sempre mantendo o contato, já fazia alguns anos que não trabalhávamos juntos. Penso que foi uma retomada do processo de aperfeiçoamento e atualização dos conhecimentos que considero de suma importância compartilhar com todos os profissionais que atuam nos serviços da organização. No encontro, contamos com uma didática descontraída, facilitadora e esclarecedora sobre o quê fomos buscar: uma parceria que nos auxilie a avaliar e planejar nossas ações“, afirma Elineide. A relação entre as duas organizações teve início na década de 90. “Na época, Andreia (Saul) e sua equipe nos apresentaram uma proposta de fortalecimento de organizações pautada no compromisso de compartilhar e disseminar conhecimentos e a Ação Comunitária abraçou este programa. Desde então, nos consideramos parceiros”, conclui.
FICAS e Dow renovam parceria para processo seletivo do edital de projetos da empresa
A assessoria em avaliação tem como foco o 5º Edital de Responsabilidade Social. As inscrições já estão encerradas.
O FICAS é parceiro técnico da Dow pela terceira edição consecutiva do seu Edital de Responsabilidade Social, que está selecionando projetos de organizações da sociedade civil desenvolvidos em Breu Branco (PA), Santos Dumont (MG) e Candeias (BA), cidades onde a Dow Química tem plantas.
O edital, que está em sua quinta edição, conta com o FICAS como parceiro de tecnologia e análise documental. O trabalho incluiu a criação e manutenção da página de inscrições, suporte às organizações durante o período de inscrições, além da promoção e busca ativa de iniciativas nas cidades participantes para dar visibilidade ao edital e incentivar a participação. O FICAS também faz a pré-seleção de projetos e verificação de documentação das iniciativas.
“A parceria com a Dow se consolida com esta edição de 2024 e fortalece nossa área de avaliação. O FICAS vem trabalhando com processos seletivos e avaliação de projetos há mais de 20 anos e é sempre enriquecedor conhecer iniciativas dos mais variados cantos do país, que estão contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa”, comenta Andreia Saul, idealizadora do FICAS.
Para auxiliar no processo de inscrição, foram realizados pelo FICAS dois workshops online, no mês de fevereiro, para apresentação do edital e tirar dúvidas das organizações interessadas. O edital também conta com a United Way Brasil como parceira, sendo responsável pela coordenação geral do edital, seleção dos projetos com os especialistas e gestão das iniciativas aprovadas.
As inscrições para o edital se encerraram no dia 3 de março de 2024. O apoio financeiro será de até R$ 90 mil e os projetos precisam ser executados no período de três a seis meses. A iniciativa contemplará projetos de três categorias: Inclusão da população preta e parda, Economia circular e Redução de emissões de carbono.
> Site oficial: https://ficas.org.br/edital-dow/
> Saiba mais sobre a Dow.
[Causa do Mês!] Conheça as causas do 1º trimestre
Em 2021, idealizamos uma campanha de comunicação com o objetivo de valorizar e despertar o interesse para pautas sociais que consideramos importantes, além de dar visibilidade ao trabalho de outras organizações. Ela se chamava “Que dia é hoje?”, mas, agora em 2024, passamos a adotar o nome “Causa do mês!”, para uma comunicação mais direta e abrangente.
JANEIRO – O Dia da Solidariedade é celebrado em 31/jan. A solidariedade permeia o compromisso da Declaração do Milênio, assinado em 2000 por 191 nações e que daria origem aos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entre eles, estão acabar com a extrema pobreza e a fome, promover a igualdade entre os sexos, erradicar doenças e fomentar novas bases para o desenvolvimento sustentável dos povos. Saiba mais…
FEVEREIRO – Para celebrar o Dia Mundial da Justiça Social (10/fev) em 2024, a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu “o trabalho digno e de uma agenda de globalização justa centrada nos direitos fundamentais, nas oportunidades de emprego, na proteção social e no diálogo social construtivo entre governos, empregadores e trabalhadores”. Saiba mais…
MARÇO – Já dizia a filósofa estadunidense e ativista pelo direito das mulheres e contra a discriminação racial Ângela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”. Esta reflexão é o cerne da luta da nossa Causa do Mês de março, o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Saiba mais…