FICAS em Ação 87 – Mai/21

Migração: FICAS conduz formação para centro de acolhida

A formação tem como foco a equipe de um novo espaço em Brasília para acolhimento de famílias migrantes e refugiadas venezuelanas.

Começou no dia 7 de maio de 2021 uma formação facilitada pelo FICAS para a equipe do Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, inaugurado em fevereiro passado em Brasília (DF) pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Irmãs Scalabrinianas, pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O espaço tem como objetivo acolher temporariamente famílias migrantes e refugiadas venezuelanas no projeto “Acolhidos por meio de trabalho” e abriu suas portas para os primeiros beneficiados no mês passado. As pessoas acolhidas poderão ficar acomodadas por até três meses, junto de suas famílias, enquanto se estruturam socioeconomicamente para uma vida autônoma.

Além de facilitar os encontros e participar do planejamento, em conjunto com o IMDH e AVSI, o FICAS tem o papel de engajar os participantes e manter o fluxo da formação, por meio de atividades entre os módulos. Serão seis encontros virtuais com término em setembro, que abordarão temas como Migração e Refúgio, Desenvolvimento Humano Integral, entre outros, contando sempre com palestrantes especialistas nas temáticas. Devido ao distanciamento social recomendado para contenção da pandemia de Covid-19, o FICAS adaptou e vem aperfeiçoando sua metodologia educativa e de facilitação para o ambiente virtual.

“Nosso objetivo é desenvolver um programa formativo que caracterize o espírito do projeto, alinhado ao princípio do desenvolvimento humano integral. Estes encontros estão voltados a fornecer suporte técnico, informativo e humano a toda a equipe envolvida no Centro de Acolhida, para o devido andamento do agir cotidiano, contribuindo para as relações interpessoais, no âmbito da acolhida aos refugiados e migrantes venezuelanos, oriundos de Roraima, em processo de interiorização e integração através do trabalho”, afirma Ir. Rosita Milesi, diretora do IMDH.

Desde 2018, a migração e o refúgio passaram a ser temas-chave da atuação do FICAS e a organização estabeleceu uma série de parcerias com o IMDH e com a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR), entre outras instituições de referência. Neste período, também nasceu o Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas, uma parceria estratégica com Fundação Avina e Missão Paz, realizado em São Paulo com mulheres filipinas e bolivianas, e foram produzidas duas publicações, que pretendem qualificar a comunicação e cobertura da mídia e incentivar boas práticas de acolhimento e atendimento.

“Sempre animados pela positiva e ótima parceria já havida com o FICAS, com admiração pela competência técnica e sensibilidade humana de sua equipe, os promotores desta série de Encontros de Formação firmaram com muita satisfação o acordo de colaboração para esta atividade. O suporte e a ação dos facilitadores do FICAS é indicativo de qualidade e de proveito, reconhecido pelos participantes, em todas as atividades realizadas”, declara Ir. Rosita.

> Saiba mais sobre os parceiros: www.migrante.org.br, www.avsibrasil.org.br e  www.cnbb.org.br.


 

FICAS apoia edição 100% online do Festival ABCR

O evento de mobilização de recursos aperfeiçoou a experiência digital para que os participantes possam interagir com palestrantes e outros participantes.

Entre os dias 28 e 30 de junho, acontece a 13ª edição do Festival ABCR, umas das principais conferências de mobilização de recursos da América Latina. Com o tema “Conexões para mudar o mundo”, o evento promovido pela ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos conta mais um ano com o apoio institucional do FICAS.

Pelo segundo ano consecutivo, devido ao cenário de pandemia de Covid-19, o evento será 100% online e conta com uma programação totalmente planejada para profissionais de mobilização de recursos, com amplo conteúdo de novos serviços, tecnologias e estratégias. Como aquecimento para o festival, a ABCR realizou uma série de sete lives com profissionais e parceiros nos canais da instituição para debater a captação sob a ótica de diversas causas.

“Para este ano, teremos duas mudanças principais: o evento terá duração de três dias e as sessões serão ao vivo. Isso permitirá a todo mundo ‘respirar’ melhor entre as sessões, com mais qualidade na participação, além de possibilitar que interajam com quem vai palestrar durante a própria sessão, o que dá muito mais vivacidade. Também investimos na contratação da licença de um aplicativo norte-americano especial para eventos, e as pessoas poderão acessar o Festival do celular ou do computador, interagindo com demais participantes e com palestrantes. O resultado será uma experiência de usuário única!”, explica João Paulo Vergueiro, diretor executivo da ABCR.

Para João Paulo, o principal desafio para as organizações é o de buscar sua sustentabilidade financeira em um momento como o atual em que não podem manter boa parte das estratégias de sempre. Adaptar-se à realidade totalmente virtual, com pouquíssimo contato direto com apoiadores e doadores levou muitas das instituições a utilizar ferramentas de mobilização de recursos online, como códigos QR, botões de doação, entre outros. A chegada do PIX, em novembro de 2020, contribuiu para facilitar o processo de doação. Essas é uma tendência que deve se consolidar mesmo com o retorno das iniciativas de captação presencial.

“Uma das contribuições de um evento como o Festival ABCR é ajudar a construir a imagem de um setor vibrante, com organizações atuantes, organizadas e gerando impacto. Além disso, ao proporcionar a interação de pessoas do país inteiro, o Festival promove a diversidade e o encontro de muitas visões e culturas. Também oferece conteúdo de interesse, estimulando o desenvolvimento de conhecimento e das competências pessoais e profissionais de quem atua com mobilização de recursos”, afirma João Paulo. “O FICAS tem um papel fundamental no nosso setor, apoiando as organizações na efetivação das suas missões e geração de impacto. A parceria com a ABCR traz para o campo da captação de recursos essa longa experiência e compromisso da organização”, completa.

> Confira a programação completa: https://festivalabcr.org.br/programacao/.


 

Coletivo de bolivianas elabora projeto de economia solidária

As participantes do Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas buscam apoio para iniciativas de empreendedorismo. O programa também está mobilizando recursos.

Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas, São Paulo (2020).

Um coletivo de 28 migrantes bolivianas do Programa de Formação de Coletivos de Migrantes e Refugiadas está na fase final da escrita coletiva de seu primeiro projeto para buscar apoio para suas iniciativas de empreendedorismo. O programa nasceu como uma parceria estratégica entre FICAS, Fundação Avina e Missão Paz, em 2018, e tem como objetivo apoiar o desenvolvimento socioemocional e econômico das mulheres.

A formação está estruturada em uma primeira etapa, chamada “Entre Nós”, que busca fortalecer a identidade e autoestima das mulheres, bem como promover seus direitos, e uma segunda etapa, a “Entre Rendas”, que tem como foco seu empoderamento econômico para que ganhem autonomia. As atividades foram desenvolvidas entre 2018 e 2020 e, no momento, a iniciativa está em fase de mobilização de recursos.

“Como não tivemos financiamento para continuidade do projeto neste ano, mas o coletivo já está há um tempo caminhando junto e bem avançado com ideias e experiência de produção, nossa ideia foi continuar nos encontrando com as participantes periodicamente. Pensamos nesses encontros com dois objetivos: manter o elo e vínculos do grupo, essa rede de apoio que se faz tão importante ainda mais nesses tempos de pandemia, além de apoiá-las a encontrar possibilidades de financiamento para pequenos projetos do coletivo, como o envio de propostas para editais e organizações, conta Raquel Catalani, consultora do FICAS e uma das responsáveis pelas atividades do programa.

Em 2021, estão sendo realizados encontros virtuais quinzenais com o coletivo todo e outros semanais com um grupo de trabalho de quatro representantes que se dedica a construir a primeira proposta de projeto, que será enviada ao edital do programa de pequenos projetos da CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço. O FICAS vem orientando o processo de elaboração do projeto, mantendo o protagonismo das participantes.

Nos encontros, são promovidos momentos de partilha sobre como cada participante está, dinâmicas e rodadas de conversa, bem como trocas sobre a construção do projeto de economia solidária. “O coletivo está bem animado para a construção deste projeto, que visa a produção de fraldas e absorventes ecológicos. Com o apoio do FICAS, estão na fase final da proposta para o edital da CESE, o que trará também uma base para outros futuros editais. Se aprovado este projeto, a ideia é que, além da produção, elas tenham recursos para formação em temas como vendas online, modelagem, administração e contabilidade, explica Raquel.

Apoie o programa!
Nosso desejo é seguir acompanhando o fortalecimento do grupo e seus negócios, além de possibilitar a participação de novas turmas. Para contribuir com essa iniciativa, entre em contato com o FICAS: comunicacao@ficas.org.br ou (11) 3045-4313 / (11) 95816-0335.

> Saiba mais sobre nossos programas.


 

FICAS sedia iniciativa de teatro para jovens do Instituto Aliança

A peça Fala Sério! aborda os riscos do consumo precoce de álcool e é seguida de um debate. A próxima sessão está com inscrições abertas!

Imagem de divulgação da peça Fala Sério no Brasil. Acervo: Instituto Aliança.

No próximo dia 21 de junho de 2021, o FICAS será anfitrião virtual da peça Fala Sério!, que aborda os riscos do consumo precoce de álcool e é pensada para adolescentes e jovens de 14 a 18 anos. A obra, criada na Grã-Bretanha pela Collingwood Learning, já foi adaptada em 25 países e alcançou mais de 1 milhão de espectadores. No Brasil, desde 2019, ela é adaptada para a realidade nacional e produzida pelo Instituto Aliança com financiamento e monitoramento do Instituto Diageo.

Com uma história ágil e diálogos em sintonia com a juventude, o espetáculo traz o cotidiano de três estudantes e busca sensibilizar para os impactos sociais, físicos e cognitivos decorrentes da ingestão indevida de bebidas alcoólicas em corpos ainda em desenvolvimento. A apresentação é sempre seguida de um debate mediado por educadores do Instituto Aliança.

Por conta da pandemia de Covid-19, desde 2020, a peça passou a ser apresentada gravada em salas virtuais via Google Meet. Cada sessão dura 1h10 e podem participar até 120 espectadores entre jovens, educadores, técnicos e gestores. O Instituto Aliança estabelece parcerias, sem custo financeiro, para exibição para públicos de escolas, instituições privadas, governamentais e organizações da sociedade civil.

“O Programa Fala Sério está no nosso eixo de influenciamento de políticas públicas de educação e saúde do adolescente. Desde que a peça começou a ser apresentada virtualmente, já foi assistida por mais de 80 mil espectadores. Nossa meta para 2021 é alcançar um público de 150 mil participantes!, conta Adriana Franco, uma das responsáveis pela iniciativa no Instituto Aliança. “Mais de 200 escolas do Ceará e de Pernambuco já exibiram a peça. Essa perspectiva da organização anfitriã começou neste ano e buscamos o FICAS por reconhecer seu trabalho para o fortalecimento de organizações sociais e assim alcançar essas instituições. Ter a recomendação do FICAS, para nós, é uma garantia de que organizações sérias participarão”, declara.

O Programa Fala Sério! Educação para Boas Escolhas faz parte de uma rede Internacional de educação positiva, presente em mais de 26 países, a Smashed Global Project, que utiliza a arte, em especial o teatro, para provocar e mobilizar adolescentes a refletirem sobre essas questões. Além do teatro-debate, o Instituto Aliança desenvolveu uma disciplina para promover a conscientização de adolescentes sobre projeto de vida, cidadania e saúde. Para a implementação dessa disciplina em espaços educacionais, o instituto capacita educadores e disponibiliza 40 horas de planos de aulas.

Cenário atual
Apesar do consumo de bebidas alcoólicas ser proibido antes dos 18 anos, pesquisas brasileiras indicam que 79% dos entrevistados confirmaram ter bebido antes dessa idade em um levantamento nacional do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA, 2017). O consumo de álcool antes dos 15 anos aumenta em quatro vezes o risco de dependência química na fase adulta e os números indicam que 25% dos adolescentes bebem em quantidades perigosas do ponto de vista biológico. Uma pesquisa da Fiocruz (2019) sinaliza, ainda, que quase 120 mil adolescentes são dependentes do álcool no Brasil.

Entre as principais motivações para o consumo estão: pressão social dos amigos ou família; comportamento da faixa etária de assumir riscos; percepção equivocada da sociedade de que é normal crianças e adolescentes beberem.

> Inscrições para a peça do dia 21/jun: http://bit.ly/FalaSerioFICAS.
> Para se tornar uma organização anfitriã, escrever para programafalaserio1@gmail.com.


 

17/mai – Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia

 

Esta foi a causa escolhida para nossa campanha “Que dia é hoje?” do mês de maio, depois de abordar os seguintes temas: combate à intolerância religiosa (janeiro), ONGs (fevereiro), mulheres (março) e saúde (abril). Como nos meses anteriores, divulgamos ao longo do mês iniciativas e organizações que atuam em prol da causa, notícias, eventos e um artigo ou entrevista com especialistas.

> Conheça organizações em prol da causa LGBTQI+.

 

 

FICAS em Ação é um informativo mensal que reúne notícias sobre os programas, assessorias, ações e parcerias do FICAS. Jornalista responsável: Paula Rodrigues.

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