O dia 30 de julho foi definido como Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas em uma Assembleia Geral da ONU de 2013, com o objetivo de dar visibilidade à causa e promover ações de enfrentamento em níveis locais, nacionais e mundial. Este tema também é o escolhido pelo FICAS para sua campanha de comunicação “Que dia é hoje?” deste mês.
Trabalhos forçados, exploração sexual, escravidão e, até mesmo, remoção de órgãos são os principais motivos do tráfico de pessoas, um crime e uma grave violação dos direitos humanos. Lamentavelmente, ainda nos dias de hoje esta problemática afeta milhões de indivíduos em todo o mundo.
Segundo o UNODC, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, que trabalha diretamente com o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes, é importante ficar atento ao uso da internet, pois os traficantes costumam usar as redes sociais para identificar e aliciar vítimas (incluindo crianças), e utilizar e-mails e serviços de mensagens para coação moral. As plataformas online também permitem que os traficantes anunciem em larga escala os serviços prestados pelas vítimas e ofereçam planos de viagem e ofertas de emprego falsos direcionados a grupos vulneráveis.
Desde 2017, a ONU propõe temas anuais para a data para que sejam trabalhados por governos, organizações da sociedade civil, coletivos e movimentos, além de suas próprias iniciativas. As campanhas oficiais têm como símbolo um coração azul, que, no exterior, simboliza a tristeza e promovem o uso da hashtag #EndHumanTrafficking nas redes sociais.
O tema de 2022 é “Use e abuse da tecnologia” e tem como objetivo combater e prevenir o tráfico de pessoas via internet, prática que aumentou consideravelmente com o advento da pandemia de Covid-19, que intensificou o uso de tecnologias. A ideia é promover os potenciais da tecnologia como aliada, com ações de prevenção e sensibilização sobre o uso seguro da internet, além de reforçar a necessidade da aplicação de leis mais severas para crimes de ambiente digital e promover o desenvolvimento de tecnologias que auxiliem as investigações e levantamento de provas contra as redes de tráfico, entre outros.
Denuncie!
Trabalhos de linha de frente contra o tráfico de pessoas buscam identificar, apoiar, aconselhar e buscar justiça para as vítimas, além de combater grupos criminosos. No Brasil, é possível denunciar casos de tráfico e outras violações de direitos humanos de maneira gratuita e anônima, com atendimento em português, inglês e espanhol. O denunciante ainda recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento do caso junto aos órgãos responsáveis.
Conheça os canais de denúncia:
• Telefones: Disque 100 ou pelo Ligue 180 (exclusivo para mulheres).
• Site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh.
> Conheça o UNODC.
> Saiba o que tem sido feito pelo governo brasileiro.
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